quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Desemprego fica em 12,3% em julho, diz IBGE

RIO - A taxa de desemprego ficou em 12,3% no trimestre encerrado em julho, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE. No trimestre encerrado em abril, que serve de referência para a pesquisa, o indicador era ligeiramente maior, 12,9%. A taxa de desemprego também ficou menor que a registrada em julho do ano passado, quando estava em 12,8%

Houve aumento de 1,1% na população ocupada em relação a julho do ano passado: de 90,7 milhões para 91,7 milhões de trabalhadores. Porém, isso ocorreu graças, principalmente, às vagas informais. A quantidade de brasileiros sem carteira assinada no trimestre encerrado em julho deste ano era de 11,1 milhões. No mesmo período de 2017, eram 10,7 milhões de trabalhadores nesta situação: alta de 3,8%, ou seja, em um ano, 368 mil pessoas passaram a trabalhar sem as garantias trabalhistas. Entretanto, quando é comparado julho de 2018 com o trimestre imediatamente anterior, encerrado em abril, houve estabilidade.

Fonte: O Globo

terça-feira, 31 de julho de 2018

Dólar opera em alta, de olho no cenário externo e local

O dólar opera em alta nesta terça-feira (31), com os investidores de olho na reunião do Fed (BC dos EUA) na quarta-feira (1) para ter pistas sobre os próximos passos sobre os juros na maior economia do mundo. Há ainda nesta sessão a formação da taxa Ptax (taxa de câmbio média calculada pelo Banco Central, usada para balizar contratos) de final de mês.

Às 9h26, a moeda norte-americana subia 0,47%, vendida a R$ 3,7463. Veja mais cotações.

Na quarta, o Comitê de Política Monetária (Copom) divulga a taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 6,5% ao ano.

Os investidores monitoram ainda o cenário político local, na reta final de coligações dos partidos para as eleições presidenciais de outubro.

Atuação do BC

O Banco Central indicou na véspera que pretende rolar todo o volume de swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, que vence no início de setembro, mantendo a estratégia adotada nos últimos meses.

O BC fará na quarta-feira leilão de até 4,8 mil contratos e, se mantiver essa oferta e vendê-la até o final do mês, terá rolado o equivalente a US$ 5,255 bilhões.

Acumulado no mês e ano

Na véspera, o dólar fechou em R$ 3,7289. Em julho, até o dia 30, moeda dos EUA caiu 3,81%. No ano, houve crescimento de 12,54%. Já no semestre, a alta foi de 0,3%, de acordo com o Valor Pro.

Fonte: G1

terça-feira, 10 de julho de 2018

Dólar opera em queda com cena externa e de olho no BC

dólar opera em queda nesta terça-feira (10), com o foco na cena externa e após feriado em São Paulo na véspera, que manteve o mercado de câmbio praticamente parado, segundo a Reuters.

Às 9h45, a moeda norte-americana caía 0,21%, vendida a R$ 3,8629. Veja mais cotações.

Os investidores também estavam atentos a sinais do Banco Central brasileiro, se voltará a atuar no mercado de maneira extraordinária ou continuará de fora como nos últimos dias, segundo a Reuters.

O BC brasileiro fará leilão de até 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de US$ 14,023 bilhões.

Por enquanto, o BC não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio para este pregão.

No último pregão, a moeda norte-americana terminou em alta de 0,02%, cotada a R$ 3,8710.

Fonte: G1

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Greve de caminhoneiros leva a maior aumento de incerteza em 1 ano

A paralisação dos caminhoneiros levou a incerteza na economia, em junho, a atingir a maior alta em um ano. O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-BR), anunciado nesta quinta-feira (28) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 10,1 pontos entre maio e junho, para 125,1 pontos, maior patamar desde janeiro de 2017 (125,4 pontos).

Foi a maior elevação desde junho do ano passado (10,7 pontos), quando o país ainda absorvia os impactos da divulgação de conversas com suspeitas de corrupção entre o presidente Michel Temer e o dono da JBS, Joesley Batista, lembrou Pedro Costa Ferreira, economista da fundação. Com o resultado, o indicador manteve-se na região de incerteza elevada (acima de 110 pontos) pelo quarto mês consecutivo.

Para o especialista, a tendência do indicador é prosseguir em alta até o fim do ano, devido à proximidade da corrida presidencial, que confere maior incerteza ao ambiente econômico, principalmente em condução de política econômica.

O técnico disse não acreditar que o índice volte a subir, na mesma magnitude, nos próximos meses. Isto porque, em sua avaliação, a intensidade do aumento foi provocada basicamente pelo protesto dos caminhoneiros, já encerrado – mas que provocou uma grave crise de desabastecimento em todo o país, devido à greve da categoria, e aos bloqueios de estradas efetuados.

No entanto, reconheceu que a tendência do índice é de alta. Ele observou que, mesmo com o fim da greve, consequências relacionadas ao movimento ainda não foram resolvidas – como a questão da construção de uma tabela de fretes com preços mínimos, que desagradou representantes de entidades empresariais. Ao mesmo tempo, por conta do movimento o governo anunciou subsídios ao diesel, o que deve causar impacto fiscal às contas do governo. “O governo tem mostrado uma inoperância em resolver crises”, resumiu ele.

Ao mesmo tempo, observou que, mesmo em junho, há um elevado grau de incerteza em relação à corrida presidencial, quem seriam os principais nomes e suas propostas para área econômica. Os candidatos que estão à frente apresentam pensamentos econômicos divergentes, notou ele. “Não sabemos o que vai acontecer em outubro. Uma previsão hoje seria grande chute”, afirmou o técnico.

Assim, Ferreira observou que o mais provável é que o indicador apresente novas elevações, não de dois dígitos, como em junho, mas suficientes para que o índice se mantenha em patamar alto, entre 110 e 115 pontos até o fim do ano. “Ocorreram várias revisões de estimativas para baixo no PIB; o câmbio, ninguém sabe como vai ficar”, enumerou, notando que há um volume grande de incertezas rondando a economia no momento. “As pessoas não sabem o que vai acontecer na economia e isso é ruim”, completou.

Fonte: G1

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Exportação de carne de frango do Brasil despenca com embargo da Europa, diz ABPA

As exportações brasileiras de carne de frango caíram 8,5% no acumulado do ano até maio, com o maior exportador mundial sendo atingido por embargos comerciais impostos pela União Europeia após uma investigação de corrupção no setor, disse a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta quinta-feira.

O volume de frango exportado no período foi de 1,6 milhão de toneladas, ante 1,75 milhão no mesmo período de 2017. A ABPA disse que a receita de exportação caiu 12,3%, para 2,6 bilhões de dólares, na mesma comparação.

Os embarques para a União Europeia caíram mais de 40%, disse a ABPA. O Brasil vendeu 92,5 mil toneladas para a UE no período, abaixo das 151,8 mil toneladas um ano atrás.

A União Europeia suspendeu em abril as importações de proteínas brasileiras, principalmente aves, em uma decisão que afetou 20 unidades no país, sendo 12 da gigante BRF.

Bruxelas relacionou a proibição a "deficiências detectadas no sistema de controle oficial brasileiro" depois que uma investigação de empresas locais e autoridades de saúde descobriu que elas conspiravam para burlar a qualidade e as verificações de segurança.

Somente em maio, houve uma queda de 4,7% no volume de frango embarcado para fora do Brasil, para 333,2 mil toneladas.

A ABPA disse que os volumes de exportação podem cair ainda mais depois que uma greve de 11 dias de caminhoneiros no mês passado bloqueou as estradas do Brasil e interrompeu severamente o fluxo de mercadorias para os mercados e portos.

Fonte: G1

terça-feira, 19 de junho de 2018

Dólar sobe a R$ 3,77 com ameaça de guerra comercial e incertezas eleitorais

O dólar operava em alta na manhã desta terça-feira (19), no patamar de R$ 3,77, diante da ameaça de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China e de incertezas fiscais e políticas no Brasil.

Às 9h30, a moeda norte americana subia 0,85%, a 3,7735 na venda. Na máxima até agora, a cotação chegou a R$ 3,7845. Veja mais cotações.

Na véspera, o dólar subiu 0,29%, vendido a R$ 3,7398, após passar de R$ 3,7647 na máxima do dia.

Tensão comercial

A bolsa de Xangai despencou quase 4% nesta terça-feira, para a mínima em dois anos, diante da iminência da guerra comercial entre Estados Unidos e China. O iuan caiu também para o menor nível em mais de cinco meses em relação ao dólar.

Na sexta-feira (15), o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões de importações chinesas, e prometeu mais se a China revidasse, o que aconteceu. Pequim anunciou tarifa adicional de 25% sobre 659 produtos dos Estados Unidos avaliados em US$ 50 bilhões.

Os riscos de uma guerra comercial já desenham um pano de fundo mais adverso para ativos de risco. O aumento do protecionismo das duas maiores economias do mundo aumenta preocupações sobre o crescimento global num momento que alguns dos principais bancos centrais reduzem a liquidez, trazendo uma perspectiva mais dura para emergentes, segundo a Reuters.

Incerteza política

No Brasil, a alta da moeda é influenciada pela cena política. Os investidores acompanha a notícia de que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, pediu ao presidente da 2ª Turma do STF, Ricardo Lewandowski, que coloque em pauta no dia 26 de junho novo pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há mais de dois meses por crime de corrupção.

O mercado teme que uma eventual presença de Lula na disputa eleitoral pode reduzir as chances de vitória de algum candidato considerado mais comprometido com o ajuste fiscal e as reformas.

A expectativa é de que o Banco Central siga atuando no mercado por meio de swaps cambiais tradicionais. Para conter a volatilidade no câmbio, o BC anunciou na semana passada que vai ofertar nesta semana US$ 10 bilhões desse tipo de contrato, que equivale à venda futura de dólares.

Entenda: swap cambial, leilão de linha e venda direta de dólares

Para esta terça, por enquanto, o BC anunciou apenas oferta de até 8.800 contratos de swap para rolagem do vencimento de julho.

Fonte: G1

terça-feira, 12 de junho de 2018

Dólar opera em queda, abaixo de R$ 3,70, de olho no BC e nos EUA


O dólar opera em queda nesta terça-feira (12), de olho na cena externa e a política monetária dos Estados Unidos e diante da atuação do Banco Central brasileiro no mercado cambial.

Às 9h12, a moeda norte-americana caía 0,71%, vendida a R$ 3,6979. Veja mais cotações.

O mercado está à espera da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, nesta semana, em meio a expectativas de que os juros possam ser elevados mais do que o esperado na maior economia do mundo.

Juros mais elevados nos Estados Unidos tendem a atrair para o país recursos até então aplicados em outras praças, como o Brasil, o que faz com o que o dólar suba por aqui.

O Banco Central oferta até 8.800 swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho. Esse foi o único anúncio que o BC fez para essa sessão por enquanto.

Na véspera, a moeda norte-americana fechou em alta, após cair mais cedo em meio ao anúncio de uma oferta inesperada de US$ 2,5 bilhões em swaps cambiais pelo BC, como tentativa para controlar o câmbio. A moeda norte-americana subiu 0,45%, a R$ 3,7242 na venda.

Fonte: G1