segunda-feira, 27 de abril de 2015

Dólar fecha em queda e completa 4 semanas seguidas de baixa

O dólar fechou em baixa nesta sexta-feira (24), completando quatro semanas seguidas de desvalorização, após romper a barreira dos R$ 3 na véspera, em meio a um cenário político local mais favorável e com indicadores econômicos dos Estados Unidos ainda fracos.
A moeda norte-americana recuou 0,89%, a R$ 2,955 na venda, renovando mínima desde o início de março. Veja cotação.
Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$  771 milhões.
Queda de mais de 7% no mês
Na semana, o dólar acumulou desvalorização de 2,84%. No mês de abril, a queda é de 7,4%. No ano, entretanto, a divisa tem alta de 11,14%.
A moeda norte-americana permaneceu perto da estabilidade durante a maior parte da manhã, firmando-se em terreno negativo na parte da tarde acompanhando o movimento de queda no exterior.
Na máxima desta sessão, o dólar chegou a subir 0,36%, a R$ 2,9924, e na mínima recuou 0,94%, a R$ 2,9534.
Nesta sexta, o Banco Central vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a US$ 10,115 bilhões. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 81% do lote total.
Cenário externo
No cenário externo, a desvalorização da moeda norte-americana, de cerca de 0,35 ante uma cesta de moedas, era amparada pelo dado fraco de encomendas das indústrias dos EUA.
As encomendas de bens de capital, excluindo o setor de defesa e aeronaves, caíram 0,5% no mês passado após queda revisada de 2,2% em fevereiro, que foi o maior recuo desde julho de 2013.
"Foi mais um indicador ruim de atividade nos Estados Unidos", disse à Reutes o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto, acrescentando que o dado mais fraco consolida a expectativa de que o banco central norte-americano vai manter um comunicado de política monetária mais expansionista na reunião da próxima semana.
Na últimas quatro semanas, a queda do dólar ante o real foi influenciada por uma série de indicadores econômicos mostrando uma lenta recuperação nos EUA, o que poderia levar o Federal Reserve a adiar o início do processo de elevação da taxa de juros nos EUA, e por um cenário político local mais tranquilo.
"Ainda pode haver turbulências com as votações de medidas no Congresso, mas as sinalizações de que o governo está engajado em mudanças, principalmente no ajuste fiscal, foram favoráveis", disse Campos Neto.

Fonte: G1

Brasileiros já pagaram R$ 600 bilhões em impostos este ano

O valor pago pelos brasileiros neste ano em impostos alcançou R$ 600 bilhões por volta de 13h30 desta segunda-feira (6), segundo o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
No ano passado, o valor foi registrado somente no dia 6 de maio, o que aponta para uma aumento da carga tributária em 2015.
A marca de R$ 600 bilhões equivale ao montante pago em impostos, taxas e contribuições no país desde o primeiro dia do ano. O dinheiro é destinado à União, aos estados e aos municípios.
Projeção de R$ 2 trilhoes em 2015
A ACSP estima que o ano de 2015 feche com um recorde de R$ 2 trilhões.
Em 2014, o Impostômetro alcançou R$ 1,8 trilhão. A soma representou recorde em relação ao volume de impostos pagos pelos brasileiros em 2013, que ficou em cerca de R$ 1,7 trilhão.
O Impostômetro completou uma década na última segunda-feira (20).  O painel eletrônico que calcula a arrecadação em tempo real está instalado na sede da associação, na Rua Boa Vista, região central da capital paulista.
O objetivo da ferramenta é conscientizar o cidadão sobre a alta carga tributária e incentivá-lo a cobrar os governos por serviços públicos de qualidade.
Pelo portal www.impostometro.com.br, é possível descobrir o que dá para os governos fazerem com todo o dinheiro arrecadado. Por exemplo, quantas cestas básicas é possível fornecer, quantos postos de saúde podem ser construídos. No portal também é possível levantar os valores que as populações de cada estado e município brasileiro pagaram em tributos.

Fonte: G1

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Dólar opera em alta nesta segunda-feira, em linha com exterior

O dólar tinha leve alta ante o real no início dos negócios desta segunda-feira (20), véspera de feriado no Brasil, alinhado com o cenário externo e após subir na sessão anterior refletindo os dados de inflação nos Estados Unidos.
Perto das 9h30, a moeda norte-americana tinha alta de 0,38%, cotada a R$ 3,0530 na venda, após subir 0,82% na sessão anterior, mas acumular queda de 0,97% na semana passada.
No exterior, o dólar subia 0,53%¨ em relação a uma cesta de moedas.
Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 4 de maio, que equivalem a 10,115 bilhões de dólares, com oferta de até 10,6 mil contratos.

Fonte: G1

Consultor tira dúvidas sobre MEI e atualização de valor de imóvel

O consultor Antônio Teixeira Bacalhau, da IOB | Sage, responderá diariamente, até o dia 30 de abril, cinco perguntas enviadas por internautas do G1 sobre a declaração do Imposto de Renda 2015. Para enviar suas questões, clique aqui.
1) Até setembro/2014, estava casado (união estável). A partir de então a guarda das crianças passou a ser da mãe e passei a pagar pensão, tudo acordado judicialmente. Como tenho que declarar nessa situação, inclusive com a mensalidade escolar dos dois filhos. (Valdeildo Paiva de Menezes)
Resposta: 
O pagamento da pensão alimentícia deve ser informado na ficha “Pagamentos Efetuados”, com o código 30.  No ano em que ocorrer a separação, além da pensão alimentícia, o contribuinte pode utilizar o valor total da dedução correspondente aos dependentes. Se as mensalidades escolares estiverem prevista no acordo judicial informe na ficha “Pagamentos Efetuados”, código 01, como despesas de instrução do alimentando.
2) O esposo sempre declarou os bens do casal (imóveis, aplicações financeiras, poupança, depósito em conta corrente) na declaração dele. A esposa não declarava. Com o falecimento do esposo, a esposa pode declarar os bens na de declaração dela como transferência? Como fazer? No inventário constou apenas os imóveis. (Fernando Mauro Ramalho)
Resposta: 
Enquanto o inventário não for encerrado e não ocorrer a partilha de todos os bens, os mesmos devem ser informados na declaração de espólio da pessoa falecida. Verifique com o advogado que todos os bens, e não apenas os imóveis, devem constar do inventário.
3) Todo mês minha esposa paga a contribuição (guia da previdência Social), gostaria de saber se ela tem direito de lançar no imposto de renda, se afirmativo onde lançar. (Sergio Luiz Probst)
Resposta: 
A contribuição à previdência oficial, recolhida na condição de contribuinte individual, só pode ser deduzida se o contribuinte tiver rendimentos tributáveis sujeitos ao ajuste na declaração.
4) Assinei contrato de financiamento com a Caixa em julho de 2014 para construção da minha casa. O terreno já era meu há anos e vinha sendo declarado em "bens e direitos". A construção ainda não terminou e ainda não comecei a pagar o empréstimo. De agosto para cá só paguei os juros sobre os valores já liberados pela Caixa. O dinheiro do financiamento tem sido quase que integralmente repassado para pagar a construtora que contratei. Como devo declarar a construção, o financiamento e os pagamentos realizados para a construtora? (Natali Portela)
Resposta: 
Se no contrato de financiamento com a CEF o imóvel não constar como garantia, o empréstimo deve ser informado na ficha “Dívidas e Ônus Reais”. Os gastos realizados com a construção devem ser somados ao valor do terreno. O pagamento efetuado para a construtora deve ser informado na ficha “Pagamentos Efetuados”, com o código 66.
5) Recebi indenização política da minha mãe na Eslovênia por ela ser refugiada quando assumiu o comunismo, como e onde declare este valor. Também recebi em herança de uma tia uma parte de um imóvel na Eslovênia, como declaro este valor? Tem que recolher impostos sobre isto? Já foi pago na Eslovênia o imposto sobre herança (Jose Mozetic)
Resposta: 
Os rendimentos recebidos de fontes situadas no exterior por residente no Brasil relativo a indenização, transferidos ou não para o País, estão sujeitos à tributação sob a forma de recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão), no mês do recebimento, e na Declaração de Ajuste Anual.  Na ficha “Bens e Direitos”, informe a parte do imóvel recebido em herança, constante nos instrumentos de transmissão do país onde ocorreu a partilha, o qual deve ser traduzido por tradutor juramentado. No campo “Situação em 31/12/2014”, informe o valor em reais do imóvel recebido em herança no exterior. O valor de aquisição dos bens e direitos, quando expresso em moeda estrangeira, deve ser convertido em dólares dos Estados Unidos da América pelo valor fixado pela autoridade monetária do país emissor da moeda para a data da aquisição e, em seguida, em reais pela cotação do dólar fixada, para venda, pelo Banco Central do Brasil, para a data da aquisição. Na linha 24 da ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, informe o valor em reais do imóvel recebido em herança no exterior.

Fonte: G1

terça-feira, 14 de abril de 2015

Pastoral da Terra mostra aumento de 26% nos conflitos por água no país

O número de conflitos em zonas rurais por disputa de água foi recorde no ano passado, com 127 casos envolvendo 42.815 famílias e 214 mil pessoas, conforme o relatório Conflitos no Campo 2014, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), divulgado hoje (13). Segundo o relatório, na comparação com 2013, houve aumento de 26% nas disputas pelo recurso hídrico. Naquele ano, foram registrados 101 casos, o mais alto número até então. A CPT acompanha os conflitos por água nas áreas rurais do Brasil desde 2002.
A Pastoral da Terra classifica os conflitos em três categorias: apropriação particular, disputa pela construção de barragens e açudes e os relacionados ao uso e à preservação da água. “O maior número de conflitos envolvendo água foi de pessoas impactadas por grandes projetos hidrelétricos, como Belo Monte, Tapajós e Santo Antônio. A CPT registra três categorias. Prevemos  que a questão dos grandes projetos vai continuar e que vai aumentar muito a questão do uso indevido de agrotóxico que contamina as fontes de água”, disse a coordenadora nacional da CPT, Jean Ann Bellini.
A Região Nordeste registrou o maior número de conflitos por água: 42. O Sudeste, que sofre com as consequências da falta d'água, vem em seguida, e com 38 conflitos (crescimento de 90% em relação a 2013). Em todo o país, os estados de Minas Gerais e da Bahia registraram o maior número: 26 cada um.
De acordo com o relatório, o total de conflitos, incluindo aqueles por posse de terra, trabalho, água e outros, em 2014, teve aumento de apenas 20 casos com relação ao ano anterior. Em 2013, foram 1.266 e no ano passado, 1286.
O maior índice de crescimento de conflitos e da violência no ano passado foi verificado nas regiões Sul e Sudeste. O total de conflitos no campo cresceu 91% na Região Sul, passando de 56 ocorrências em 2013, para 107 em 2014. O mesmo ocorreu no Sudeste, com aumento de 56% nos casos - 62 em 2013 para 253 em 2014.
A CPT explicou que, nessas regiões, os movimentos sociais atuaram mais intensamente no ano passado. Segundo o relatório, isso provocou “forte reação” dos representantes e aliados do agro e hidro negócios e do Poder Público, o que explica o aumento dos conflitos e da violência. Mesmo com o Sul e o Sudeste apresentando grande crescimento do número de conflitosa, o Nordeste foi o que teve mais casos (418), seguido pela Região Norte (379).
Jean Ann destacou ainda o aumento das tentativas de assassinato. Ela ressaltou que, diferentemente do que ocorreu em anos anteriores, em 2014, muitas vezes as tentativas ocorreram sem ameaça. Em 2013, foram registradas 241 ameaças de morte e em 2014, 182.
“Antes, as pessoas podiam tentar recuar, ou ficar quietas, tomar consciência do perigo que corriam, mas agora parece que não está havendo essa chance. O número de assassinatos aumentou de 34 para 36 no total, mas o número de tentativas foi assustador”, disse a coordenadora da Pastoral da Terra. Conforme dados do relatório, em 2013, houve 15 tentativas de assassinato e, no ano passado, 56, o que representa aumento de 273% no número de casos.
O crescimento dos atentados ocorreu em todas as regiões do país, com exceção do Centro-Oeste, onde os números caíram. No Nordeste, os atentados passaram de cinco para 11. No Norte, de zero para 32, com 28 casos só no Pará.
Jean Ann chama a atenção para o número de famílias despejadas, aquelas que tiveram que deixar uma localidade depois da emissão de mandado judicial. Dados do estudo mostram que o número dobrou de um ano para o outro. “Houve aumento de 92% de despejos. Comparando, 6.358 famílias foram despejadas em 2013. Em 2014, foram 12.188.”
A edição com números de 2014 marca os 30 anos da publicação, que é divulgada anualmente. Nesse período, foram registrados pela CPT 29.609 conflitos no campo, envolvendo 20.623.043 pessoas. Foram 23.079 conflitos por terra, 4.389 trabalhistas, 836 por água e 1.305 de outras naturezas. Entre 1985 e 2014, foram registrados 1.723 assassinatos em 1.307 ocorrências de conflitos.
Para Jean Ann, um dado preocupante é o da punição dos envolvidos nesse tipo de crime ao longo dos 30 ano. “Somente 108 casos foram levados a julgamento e pouco mais de 80 pessoas condenadas, além de mais de 20 mandantes, mas nenhum deles está preso."

Fonte: Agencia Brasil

OMC prevê que comércio mundial aumente apenas 3,3% em 2015 e 4% em 2016

O comércio mundial deverá aumentar 3,3% em 2015 e 4% em 2016, diz relatório divulgado hoje (14) pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Com esses números, a OMC revê para baixo as estimativas anteriores para 2015, que apontavam para acréscimos de 5% e, posteriormente, de 4,3%.

Em 2014, as trocas comerciais mundiais aumentaram apenas 2,8%, fazendo com que a média dos últimos três anos seja 2,4%.

Fonte: Agencia Brasil

terça-feira, 7 de abril de 2015

Preocupada com crise de água, empresa expande 'home office'

E se faltar água no prédio do escritório? Foi a partir dessa preocupação que a incube, investidora e desenvolvedora de aplicativos e plataformas mobile, decidiu montar um plano de expansão do chamado teletrabalho ou "home office". Hoje, o percentual de funcionários e colaboradores que trabalham à distância gira entre 5% a 10%. Mas a meta é chegar a 30% até o final do ano.

A empresa, com sede em Higienópolis, em São Paulo, decidiu se preparar para um possível agravamento da crise hídrica agora no outono e até mesmo para a possibilidade de um racionamento de água.
"Se a situação se agravar, temos condições de ter entre 50% e 70 em home office", diz Sheyla Angelotti, diretora de Recursos Humanos da encubadora, que emprega mais de 70 funcionários e engloba startups como a 99motos, KiiK e Vá de Táxi.
"Optamos por estar em São Paulo e conviver com as características dessa metrópole. Mas se São Paulo parar, não podemos parar a nossa produção", explica a diretora. "Tecnicamente, consigo manter toda estrutura à distância por 15 dias. Mas por sermos uma empresa de tecnologia, privilegiamos o compartilhamento do conhecimento", acrescenta.
No modelo adotado, o "home office" tem sido aplicado numa espécie de rodízio dos funcionários, que alternam dias de trabalho em casa e no escritório. "Por semana, a pessoa fica de 3 a 4 dias, no máximo, em casa e 2 na base", diz a porta-voz da empresa.
Qualidade de vida
Por se tratar de uma empresa de tecnologia, na qual o compartilhamento de conhecimento é um dos ativos de maior valor, a encubadora se preocupou em desenvolver também uma engenharia de ferramentas e plataformas para a gestão da comunicação com videoconferências.
“Fora o meu time de atendimento e o administrativo, todas as outras equipes da empresa podem trabalhar à distância. Toda a nossa produção é na nuvem, então não há problemas de acesso a servidor. Tenho produção e a qualidade garantidos", explica Sheyla.
Segundo a empresa, a modalidade de trabalho mais flexível, além de mais sustentável, também tem trazido ganhos de produtividade.
"O grande benefício é você melhorar a qualidade de vida, satisfação e engajamento do seu colaborador, que numa metrópole como São Paulo chega a perder de 2 a 3 horas por dia no trânsito", afirma a diretora.
Apesar de toda a precaução, a empresa afima que ainda não sofreu nenhum problema ou restrição no abastecimento de água do prédio. “Ainda não sofremos nenhum impacto com a crise hídrica. O que a gente tem na região é queda de energia quando chove muito e há quedas de árvores", diz Sheyla.
"Queremos estruturar estes projetos para aumentar a possibilidade de trabalho à distância não só para o período de possível racionamento, mas para a utilização mais inteligente dos recursos, porque a gente sabe que o problema não vai acabar tão cedo", conclui.

Fonte: G1

Mercado financeiro sobe para 8,2% a estimativa de inflação para 2015

As perspectivas do mercado financeiro para a economia brasileira tiveram nova piora. Levantamento feito pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras mostra que os economistas elevaram suas previsões para a inflação deste ano, e vêem uma contração maior da economia brasileira.
De acordo com o BC, a previsão do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, passou, na semana passada, de 8,13% para 8,2% em 2015. Com isso, o mercado segue prevendo "estouro" do teto de 6,5% do sistema de metas de inflação neste ano.
A alta na previsão de inflação do mercado aconteceu pela décima quarta semana seguida. Se confirmada a previsão do mercado, a inflação atingirá, neste ano, o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. Para 2016, a previsão dos analistas ficou estável em 5,6%.
Segundo economistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressionam os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.

Recentemente, o IBGE informou que a prévia da inflação oficial do país, medida pelo IPCA-15, ficou em 1,24% em março. No acumulado de 12 meses, o índice foi para 7,9%, o maior desde maio de 2005 (8,19%). No ano, a taxa é de 3,5%.
No fim do mês passado, o BC admitiu que o IPCA deste ano deve ficar próximo de 8% e estourar o teto do sistema de metas brasileiro. Se isso acontecer, será a primeira vez desde 2003. Quando a inflação fica mais alta do que o teto de 6,5% do sistema de metas brasileiro, o presidente do Banco Central precisa escrever uma carta aberta ao ministro da Fazenda explicando as razões que motivaram o "estouro" da meta formal.

Fonte: G1

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Emendas de reajuste aos aposentados predominam na MP da política do salário mínimo

Garantir um aumento real para aposentados e pensionistas que ganham acima de um salário mínimo é a principal preocupação de senadores e deputados que apresentaram emendas à Medida Provisória (MP 672/2015). Ela estende a política de reajuste do salário mínimo atualmente em vigor até 2019.

A maior parte das 114 emendas apresentadas à comissão mista que vai examinar o texto pretende estender para aposentadorias e pensões a regra que atualiza o salário mínimo com base na inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.

Atualmente quem recebe mais que o salário mínimo tem o benefício corrigido apenas pela variação do INPC.

Autor de duas emendas, o senador Paulo Paim (PT-RS) argumenta que a discrepância entre as correções concedidas aos benefícios equivalentes ao salário mínimo e as concedidas aos benefícios cujos valores superam este patamar conduziu a um “achatamento inaceitável” das rendas dos aposentados e pensionistas.

Para Flexa Ribeiro (PSDB-PA), a diferenciação desses aumentos faz com que aqueles que mais contribuíram para a Previdência se sintam injustiçados, ao verem os segurados que efetuaram contribuições menores receberem aumentos proporcionalmente maiores do que eles.

Eduardo Amorim (PSC-SE) acrescenta que muitos segurados contribuíram com valores calculados com base em renda mensal bem superior ao do salário mínimo, e a partir do momento em que têm direito a receber seus benefícios, ano a ano o seu valor real é reduzido, causando grande injustiça social.

Revisão do PIB
Emenda do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) estabelece que, em caso de revisão do PIB, promovida pelo IBGE, o aumento verificado seja repassado para o salário mínimo. Em sua justificativa, Cássio lembrou que recentemente, o IBGE anunciou uma revisão do PIB entre 2000 e 2011. Em 2011, a revisão alterou o crescimento de 2,7% para 3,9%. Segundo dados do Dieese, o salário mínimo de 2013, que foi reajustado pelo PIB de 2011, deveria ter sido de R$ 686,31 e não de R$ 678,00.

— O IBGE tem promovido revisões da taxa de crescimento do PIB, para mais, nos últimos anos, mas este acréscimo não foi incorporado ao valor do salário mínimo nos anos seguintes. O objetivo da emenda é corrigir esta injustiça — disse.

Já Ronaldo Caiado (DEM-GO) quer que o reajuste do salário mínimo para 2016 inclua o crescimento do PIB dos anos anteriores que não foi incorporado.

— Caso o reajuste do salário mínimo usasse o PIB conforme a metodologia do IBGE, teríamos um salário mínimo já em 2015 de R$ 805, havendo, portanto, um inequívoco ganho para o trabalhador — sustenta.

Cristovam Buarque (PDT-DF), Romário (PSB-RJ), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e vários deputados também apresentarem emendas para garantir aumento real para aposentados e pensionistas que ganham acima de um salário mínimo.

Impacto
Uma nova política de valorização de salário mínimo – que hoje é de R$ 788,00 - é necessária porque a regra atual vale somente até o fim deste ano.

No dia 10 de março, a Câmara chegou a aprovar a manutenção da atual política de reajuste do mínimo até 2019, mas a votação do texto (Projeto de Lei 7.469/14) não foi concluída. O governo não concordava com uma emenda que estendia a política de correção para os benefícios acima de um salário mínimo pagos pela Previdência Social e decidiu editar a MP.

O governo calcula que cada ponto percentual de aumento no reajuste dos aposentados representa um impacto fiscal de 2 bilhões de reais nas contas da Previdência.

Outras emendas
Como é de praxe na tramitação de medidas provisórias, parlamentares também apresentaram emendas que não guardam relação com o texto da medida provisória em questão. É o caso, por exemplo, de emenda do senador Romero Jucá (PMDB-RR) que propõe conceder incentivo, na forma de subvenção econômica, para as empresas industriais exportadoras brasileiras, promovendo a equalização de juros com o fim de garantir a competitividade.

Prazos
A comissão mista (de deputados e senadores) que analisará a matéria ainda não foi instalada. A MP deve chegar à Câmara dos Deputados até o dia 21 de abril e ao Senado até o dia 5 de maio. Se não for aprovada até o dia 9 de maio, passará a obstruir a pauta, impedindo outras votações no Plenário da Casa onde estiver parada. O prazo final de tramitação no Congresso Nacional estimado é 23 de maio.
Fonte: Agência Senado

Produção industrial cai 0,9% em fevereiro, diz IBGE

A produção industrial caiu 0,9% em fevereiro na comparação com janeiro, informou na quarta-feira (1) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro, houve aumento de 0,3%, interrompendo dois meses de taxas negativas: -1,2% em novembro e -1,6% em dezembro.

Na comparação com fevereiro do ano passado, a produção da indústria nacional recuou 9,1%, 12ª taxa negativa consecutiva e a queda mais intensa nessa comparação desde julho de 2009 (-10%). No ano, a indústria acumula queda de 7,1%. O acumulado nos últimos 12 meses (-4,5%) manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2%), resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010 (-4,8%).

Segundo o IBGE, os recuos de fevereiro foram registrados nas quatro grandes categorias econômicas, com destaque para bens de capital (-4,1%), principalmente devido à menor produção de caminhões, ainda afetada pelas férias coletivas em várias unidades. O resultado eliminou parte do avanço de 8,2% registrado em janeiro.

Houve queda de produção em 11 dos 24 ramos pesquisados. As principais influências negativas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,7%), produtos do fumo (-24%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,2%).

A média móvel trimestral da indústria recuou 0,8% no trimestre encerrado em fevereiro de 2015, comparada ao nível do mês anterior, após quedas em novembro (-0,5%), dezembro (-0,9%) e janeiro (-0,9%).
Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Balança comercial registra em março primeiro superávit mensal de 2015

Em março, as exportações superaram as importações em US$ 458 milhões, resultando em superávit da balança comercial brasileira. Foi o primeiro mês deste ano no qual as transações comerciais ficaram no azul, com mais vendas externas do que compras do exterior. Também foi o maior saldo positivo para março desde 2012 (+US$ 2 bilhões).
Em janeiro, a balança comercial registrou déficit (com mais importações do que vendas externas) de US$ 3,17 bilhões e, em fevereiro, o resultado ficou negativo em US$ 2,84 bilhões. Já em dezembro do ano passado, o saldo foi superavitário em US$ 293 milhões.
Segundo o governo, as exportações somaram US$ 16,97 bilhões em março, com queda de 16,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, por conta da queda das vendas de básicos (-29,7%) e manufaturados (-6,1%). Por outro lado, os produtos semimanufaturados registraram aumento de 8,8% nas vendas externas em março.
Do lado das importações, que totalizaram US$ 16,52 bilhões em março, houve recuo de 18,5% frente ao mesmo mês de 2014 por conta da retração de compras de todas as categorias de produtos do exterior. Os combustíveis e lubrificantes registraram queda de 28% nas importações, as matérias-primas e intermediários de 18,8%, os bens de capital de 16,3% e os bens de consumo de 13,7%.
"É uma trajetória esperada para a balança [superávit em março], porque começa a entrar a safra. A gente viu um movimento mais forte para a soja nas duas últimas semanas do mês [passado]. Fez reverter o déficit do mês. Só nessa última semana, a gente teve 840 mil toneladas de soja exportada. A gente espera um forte volume para os próximos meses", declarou o diretor de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Herlon Brandão.
Primeiro trimestre
Nos três primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, a balança comercial registrou déficit (importações maiores do que vendas externas) de US$ 5,55 bilhões. Apesar do saldo negativo, houve pequena melhora frente ao mesmo período do ano passado, quando o déficit das transações comerciais do Brasil somou US$ 6,07 bilhões.
Na parcial de 2015, as exportações somaram US$ 42,77 bilhões, com média diária de US$ 701 milhões (queda de 13,7% sobre o mesmo período do ano passado). As importações, por sua vez, somaram US$ 48,33 bilhões, ou US$ 792 milhões por dia útil, uma queda de 13,2% em relação ao mesmo período de 2014.
Segundo Brandão, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o governo continua esperando que a balança comercial registre superávit neste ano. Ele não estimou, entretanto, um valor para o saldo positivo. De acordo com ele, a alta do dólar, que barateia as exportações e torna as importações mais caras, "ajuda a mitigar o efeito da queda dos preços [das 'commodities', como minério de ferro e petróleo]". "Não é imediato o efeito. Mas as quantidades ainda demoram um pouco para reagir [ao dólar mais alto]", declarou.
De acordo com os dados oficiais, o saldo da balança comercial, no primeiro trimestre deste ano, foi influenciado positivamente pelo movimento da conta petróleo, que registra importações e vendas externas de petróleo e derivados. Nos três primeiros meses do ano passado, o déficit dessa conta somou US$ 4,54 bilhões, caindo para um saldo negativo de US$ 3,26 bilhões no mesmo período deste ano. Uma diferença de US$ 1,28 bilhão.
Resultado de 2014
Em 2014, a balança comercial brasileira teve déficit (importações maiores do que vendas externas) de US$ 3,93 bilhões, o pior resultado para um ano fechado desde 1998, quando houve saldo negativo de US$ 6,62 bilhões. Também foi o primeiro déficit comercial desde o ano 2000, quando as compras do exterior ficaram US$ 731 milhões acima das exportações.
De acordo com o governo, a piora do resultado comercial no ano passado aconteceu, principalmente, por conta da queda no preço das "commodities" (produtos básicos com cotação internacional, como minério de ferro, petróleo e alimentos, por exemplo); pela crise econômica na Argentina – país que é um dos principais compradores de produtos brasileiros – e pelos gastos do Brasil com importação de combustíveis.
Estimativas do mercado e do BC para 2015
A expectativa do mercado financeiro para este ano, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada, é de melhora do saldo comercial. A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 4 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior.
Já o Banco Central prevê um superávit da balança comercial de US$ 4 bilhões para 2015, com exportações em US$ 210 bilhões e compras do exterior no valor de US$ 206 bilhões.

Preços de imóveis acumulam queda real de 3,1% no ano até março

Os preços dos apartamentos à venda acumulam no ano queda real de mais de 3%, mostra pesquisa divulgada pela Fipe.
O Índice FipeZap, que acompanha o preço médio de venda dos imóveis em 20 cidades pesquisadas, registrou em março alta de 0,14% na comparação com fevereiro. No acumulado em 2015, o aumento é de 0,69%.
No mesmo período, a inflação esperada para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é de 3,91%. Dessa forma, o preço médio do metro quadrado registra nos três primeiros meses do ano queda real de 3,1%.
Essa é a 5ª vez seguida que o índice queda real (variação menor que a inflação) na base de comparação mensal.
No ano, todas as 20 cidades que compõem o índice registraram variações menores que a inflação. O valor médio do metro quadrado em março foi de R$ 7.491.
A cidade com o m² mais caro continua sendo o Rio de Janeiro (R$ 10.650), seguida por São Paulo (R$ 8.538).
Os dois municípios que apresentaram os menores preços foram Contagem (R$ 3.414) e Goiânia (R$ 4.017).

Fonte: g1

quarta-feira, 1 de abril de 2015

A partir de hoje, empregador terá de pedir seguro-desemprego pela internet

A partir desta quarta-feira (1º), os empregadores só poderão preencher o requerimento do seguro-desemprego e de comunicação de dispensa de trabalhadores por meio da internet. A medida pretende tornar mais rápido o atendimento e dar maior segurança às informações sobre os empregados, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Antes, a documentação era preenchida pela empresa (em guias verde e marrom) e entregue pelo trabalhador na hora de requerer o benefício. Esses formulários impressos não serão mais aceitos.

Com a resolução do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador, as empresas deverão preencher os requerimentos apenas por meio do aplicativo Empregado Web, disponível no Portal Mais Emprego, do ministério. O dispositivo online já era utilizado, mas passou a ser obrigatório.

De acordo com o MTE, o sistema dará mais velocidade à entrega do pedido, além de garantir a autenticidade dos dados e possibilitar o cruzamento de informações sobre os trabalhadores em diversos órgãos, facilitando consultas necessárias para a liberação do benefício.

Segundo o ministro do Trabalho, Manoel Dias, todos os serviços prestados aos empregadores e trabalhadores já estão informatizados. “Estamos incluindo a biometria no recebimento do fundo de garantia, para garantir que não haja fraudes. São 12 programas que desenvolvemos, culminando até o final do ano com um cartão eletrônico. A carteira de trabalho passaria a ser, então, um cartão eletrônico”, adiantou o ministro.

Em uma agência de atendimento ao trabalhador em Brasília, a medida não era conhecida por todos e dividiu opiniões. Apesar de trabalhar no departamento de recursos humanos de uma empresa, Camila Moura ainda não sabia das mudanças. Ela acredita que a resolução vai acelerar o processo de requerimento do seguro-desemprego.

“Não tem nenhum cartaz com o aviso, nenhum atendente informou que iria ter essa mudança e as empresas não receberam um comunicado sobre isso. Mas eu acho positivo, porque tem gente passa muito tempo na fila e vai ficar mais rápido”, disse Camila.

O lavrador Evandro de Castro, que estava solicitando o seguro-desemprego, já sabia das mudanças. “É uma facilidade a mais para o trabalhador e para a empresa, mas não poderia ser obrigatoriamente pela internet, porque algumas pessoas não têm e não sabem usar”, afirmou.

No final de fevereiro, novas regras de concessão do seguro-desemprego entraram em vigor. A Medida Provisória (MP) 665 estabeleceu que tem direito ao seguro-desemprego o trabalhador dispensado que comprove ter recebido salário há pelo menos 18 meses nos últimos 24 meses imediatamente anteriores à data do desligamento, na primeira solicitação. Pela legislação anterior, esse prazo era seis meses. Na segunda solicitação, a exigência cai para um ano e a partir da terceira vez, não há alteração.

A MP 665 também alterou regras para o seguro-desemprego de pescador artesanal e do abono salarial. Já a MP 664 alterou regras sobre os benefícios de auxílio-doença e pensão por morte. As medidas ainda precisam ser votadas pelo Congresso Nacional.

Fonte: Agencia Brasil

Governo anuncia plano de ação para redução de acidentes no trabalho

O Ministério do Trabalho e Emprego anunciou nesta terça-feira (31) um conjunto de medidas da Estratégia Nacional para a Redução dos Acidentes do Trabalho no Brasil neste e no próximo ano. O objetivo é reduzir a taxa de mortalidade e a incidência de acidentes de trabalho típicos, decorrentes da atividade profissional, contribuindo para a redução dos danos aos trabalhadores, às empresas e ao Orçamento da União.

“O Brasil dobrou o número de empregos, aumentou o salário mínimo, e agora temos esse desafio, além da qualificação profissional, de promover grande campanha para redução dos acidentes de trabalho. A OIT [Organização Internacional do Trabalho] prevê que 4% do PIB [Produto Interno Bruto] mundial, US$ 2,8 trilhões, são perdidos em decorrência de acidentes de trabalho, mas, para o Estado, também há uma consequência social”, disse o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.

Segundo o diretor de Segurança e Saúde no Trabalho, Rinaldo Marinho, a estratégia prevê quatro eixos, dois mais ligados à intensificação da fiscalização e dois ligados à mobilização da sociedade pela prevenção de acidentes de trabalho. “O INSS [Instituto Nacional do Seguro Social] deixa de gastar, mas não estamos tirando benefício do trabalhador e, sim, evitando que ele precise ter acesso a ele. Claro que a consequência natural disso é uma economia nas despesas, mas o principal objetivo é evitar todo o custo social, pessoal, emocional do que esses acidentes representam”, disse Marinho.

De acordo com o ministério, entre 2008 e 2013, foram mais de RS$ 50 bilhões com gastos previdenciários pagos pelo INSS, com auxílio-doença, pensão por morte, aposentadoria por invalidez e auxílio-acidente. A taxa de mortalidade por acidentes e doenças do trabalho, em 2013, foi 6,5 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes. Durante os anos de 1998 e 2013, ocorreram 14.566.870 acidentes e doenças de trabalho no Brasil, enquanto, entre 1996 e 2011, foram notificadas 47.597 mortes no trabalho.

Segundo Marinho, uma das ações previstas é dobrar o número de auditores fiscais do trabalho envolvidos nas ações de prevenção, seja pelo remanejamento de auditores de outras áreas ou por contratações por concurso público. “O ministério tem mil cargos vagos de auditor fiscal, e já foi encaminhada solicitação de autorização ao Ministério do Planejamento para concurso público”, disse. Dados do ministério mostram que, entre 1996 e 2014, foram desenvolvidas 2.696.919 ações fiscais em segurança do trabalho e saúde.

Marinho destaca ainda a ampliação e qualificação das análises dos acidentes de trabalho, que podem subsidiar o ajuizamento de ações regressivas pela Advocacia-Geral da União. “Quando o acidente for consequência do descumprimento de uma norma de segurança e saúde, o INSS pode ajuizar ação regressiva, cobrando da empresa o custo que vai ter com o beneficio daquele trabalhador. Então, é também uma excelente medida de prevenção, a empresa vai tomar mais cuidado para que não haja acidente e ela não tenha que arcar com a despesa”, explicou.

Entre as atividades de alto risco citadas pelo ministério estão a indústria extrativa, transporte e armazenagem, fabricação de produtos minerais não metálicos, serviços de utilidade pública e construção civil.

Para o presidente do Sindicato dos Técnicos em Segurança do Trabalho do Paraná, Adir de Souza, é obrigação do empregador educar o trabalhador, porque é ele quem vai lucrar com o trabalho dessa pessoa. Na construção civil, por exemplo, “o trabalhador geralmente vem do interior, despreparado, sem educação. Então, em vez de dizer que o trabalhador é obrigado a usar o cinto, a máscara, o capacete, temos que inverter. Para educar, temos que dizer que ele tem direito de usar o capacete, de usar uma luva pra manipular algo que pode cortar a mão; precisamos fortalecer a educação e cultura de prevenção de acidentes nos locais de trabalho.”

Fonte: Agencia Brasil