quinta-feira, 16 de julho de 2015

Governo quer aprovar reforma do PIS-Cofins ainda este ano, diz Levy

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta quarta-feira (15) que o governo federal pretende aprovar ainda este ano a reforma do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). A afirmação foi durante audiência pública, na Câmara dos Deputados, sobre a Operação Zelotes.

De acordo com o ministro, a intenção é buscar uma alternativa ao sistema atual, considerado por ele como “complexo”, o que contribuiria para a retomada do crescimento em 2016.
“A nossa intenção é transformar isso num sistema muito mais simples, que é chamado crédito financeiro”, afirmou. O ministro evitou, no entanto, estabelecer uma data para que a proposta seja enviada ao Congresso Nacional. “Será o mais breve possível”, disse.

Mais cedo, antes de se dirigir à Câmara, Levy havia recebido deputados para um café da manhã no Ministério da Fazenda. As possíveis mudanças no imposto foram tratadas no encontro. Segundo ele, a participação dos parlamentares na discussão é fundamental, já que as alterações terão que passar por análise na Casa.

O ministro mencionou um ambiente de "simplificação tributária" e de "segurança tributária" que favoreça a retomada do crescimento, referindo-se à reforma.
"A gente aumentar a produtividade das empresas pra poder aumentar a competitividade da nossa economia. Então, foi exatamente apresentar aos líderes dos diversos partidos, que nós tivemos a oportunidade que foi muito boa, de hoje de manhã, vamos dizer assim, lançarmos essa bola em relação à reforma do Pis-Cofins, que é uma peça fundamental, aquela fundação de uma real agenda de crescimento, uma real agenda de retomada da nossa economia", explicou.

Reformulação
Levy disse também que o Carf vem sendo reformulado, a fim de transformá-lo em uma organização segura, eficaz e transparente. Para isso, o Ministério da Fazenda, entre outras medidas, modificou o regimento interno e a composição do órgão, com conselheiros remunerados e processo de seleção estruturado, explicou.
Os mandados passaram de três para dois ano, e o número de conselheiros foi reduzido de 216 para 144. Já as turmas de julgamento passaram de 35 para 15. As medidas, segundo o ministro, tornam o processo de julgamento mais transparente, eficaz e produtivo. Também foi instituído cumprimento de prazos para relatar e formalizar decisões, sob pena de perda de mandato.
A busca é por agilidade e segurança nos julgamentos, conforme Levy. Desde que a operação foi deflagrada, as análises estão suspensas por conta das reformulações, ainda sem data para serem retomadas. Atualmente, há cerca de 116 mil processos parados no Carf, envolvendo R$ 510 bilhões em tributos. “Se forem encontrados vícios nas decisões, elas serão revistas, haverá novo julgamento”, afirmou.
Críticas
O deputado Ivan Valente criticou o fato de o ministro ter levado três meses para dar explicações sobre o assunto na Câmara e de ter chegado com uma hora e meia de atraso à audiência pública. O parlamentar também classificou as respostas dadas pelo ministro como “insuficientes”. Segundo ele, o relatório da Polícia Federal sobre a atuação do Carf contradiz as ações apresentadas por Levy. Para Valente, o que foi levantado pela operação Zelotes é apenas uma amotra do que ocorre atualmente.
Ajuste fiscal
Levy disse ainda que o ambiente externo exige novos desafios para o Brasil, se referindo às medidas do ajuste fiscal. “Quando se fala de ajuste é preparar o Brasil para enfrentar e vencer o novo cenário mundial que está aí. (...) A situação exige esforço e inteligência nas medidas ”, declarou.
Operação Zelotes
Em março, o Carf se tornou alvo de uma operação da Receita Federal, da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda por suspeita de manipulação bilionária de julgamentos de processos no órgão.
Segundo nota divulgada pela Receita, a Justiça Federal expediu 41 mandados de busca e apreensão e decretou o sequestro dos bens e bloqueio dos recursos financeiros de envolvidos na investigação.
De acordo com a Polícia Federal, empresas subornavam conselheiros e servidores do Carf responsáveis pelos julgamentos de processos tributários em troca de veredictos favoráveis que reduziam ou eliminavam os valores devidos.
No mês de maio, o Senado instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as suspeitas de manipulação de julgamentos realizados pelo Carf.
Fonte: G1

Receita Federal paga restituições do 2º lote do Imposto de Renda 2015

Receita Federal libera nesta quarta-feira (15), o pagamento das restituições referentes ao segundo lote do Imposto de Renda de 2015.
O lote também contempla as restituições residuais dos exercícios de 2008 a 2014, totalizando 1.522.666 contribuintes e R$ 2,5 bilhões.
No primeiro lote de 2015, liberado para consulta no dia 8 de junho, a Receita Federal pagou R$ 2,36 bilhões em restituições para 1,49 milhão de contribuintes.
Também podem ser feitas pelo telefone 146 (opção 3) ou via aplicativo para dispositivos móveis (smartphones e tablets).

Como saber se está na malha fina?
A declaração do Imposto de Renda pode cair na malha fina por causa de erros, omissões ou inconsistências. Para saber se foi retida e quais foram os problemas encontrados, os contribuintes devem acessar a página da Receita Federal e consultar o chamado "extrato" do Imposto de Renda – disponível no e-CAC (Centro Virtual de Atendimento).
Para isso, é necessário usar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada.
Com a informação sobre quais inconsistências foram encontradas pela Receita Federal, o contribuinte pode enviar uma declaração retificadora ao Fisco e, deste modo, sair da malha fina. Quando a situação for resolvida, caso tenha direito à restituição, ela será incluída nos lotes do IR.
Fonte: G1