O brasileiro tem ido menos ao supermercado, mas tem recorrido com maior frequência ao método da compensação: diminui a compra de determinados itens, para conseguir comprar outros, de mais qualidade. Isso é o que mostra a pesquisa “Tendências do Consumidor”, realizada pela Nielsen e pela Kantar WorldPanel e divulgada esta semana pela Associação Paulista de Supermercados (APAS).
O levantamento compara os hábitos de consumo nos supermercados nos anos de 2013, 2014 e 2015 e mostra que, mesmo após a crise, os consumidores, principalmente os da classe C, não abriram mão de alguns “produtos premium", como cervejas artesanais. Por outro lado, eles optam por marcas mais baratas de produtos de limpeza, por exemplo.
A assistente administrativo Valéria Mendes, de 28 anos, é um exemplo do que revela a pesquisa. Apesar de morar perto do supermercado, ela diminuiu as idas, para economizar. Mas não troca determinadas marcas, dependendo do produto:
— Eu não abro mão do que eu gosto, independentemente do preço, como o azeite e dos itens de higiene pessoal, por exemplo. Mas algumas coisas eu substituí, como as cápsulas (de café). Troquei por outra marca, mais barata.
O consultor de varejo Marco Quintarelli explica que, com a crise, as pessoas estão mudando o hábito de consumir em volume para poder consumir menos, mas com mais qualidade:
— Então, muita gente está migrando: por exemplo, em vez de tomar não sei quantas cervejas, toma duas ou três de melhor qualidade. Os jovens, principalmente, migram para produtos que têm certo status.
Fonte: G1
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